quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

II Roda de Samba - Trem da Harmonia Destino Baixada









Roda de Conversa 
apresenta: 

II Roda de Samba - Trem da Harmonia Destino Baixada


O samba é um gênero musical de raízes africanas e é considerado uma das principais manifestações culturais populares brasileiras. O Trem da Harmonia  e  o  Laboratório  de  Estudos Afro-brasileiro e Indígena (LEAFRO/UFRRJ) em conformidade com a Lei 10.639/2003 - que instituia obrigatoriedade do ensino da História e Cultura afro-brasileira - vêm promover, no espaço  universitário,  um  encontro  em comemoração ao Dia  Nacional do Samba. Através deste encontro pretende-se estimular a reflexão  entre  os  protagonistas  deste importante gênero musical e a expressão da cultura popular brasileira com o público universitário e a comunidade em geral.







Programação

Início do evento - 18 horas
1ª parte: Apresentação dos compositores
2ª parte: Debate
3ª parte: Roda de samba
Término do Evento – 21 horas



Participantes

Compositores e Cantores iguaçuanos
Comunidades acadêmica e docente
Comunidade entorno da UFRRJ
Comissão Organizadora
Petconexões de Saberes
Laboratório de Estudos Afro-brasileiro e
Indígena – LEAFRO/UFRRJ 


O evento será realizado dia 5 de dezembro, a partir das 17h, no Auditório do Instituto Multidisciplinar.




quinta-feira, 22 de novembro de 2012

I Seminário Regional Diversidade e Superação do Racismo: Ações, críticas e perspectivas da Educação das Relações Étnico-Raciais na Baixada Fluminense


 
O evento será realizado dia 6 de dezembro de 2012, no IM.





PROGRAMAÇÃO

08h -10h – Credenciamento
09h. – Mesa de Abertura Institucional (apresentação hino nacional em percussão)
Fórum RJ, UFRRJ/Leafro, SEMED-NI,  SEEDUC-RJ, SEEDUC-RJ
9h45min - Palestra: Ações Afirmativas, Educação e a Mobilidade Social dos Afro-brasileiros. (o impacto das ações afirmativas e da educação na vida dos jovens negros)
 Profº. Dr. Ahyas Siss (UFRRJ/ Leafro)
Profª Dr. Claudia Miranda (UNIRIO)
10h45min - Debate
11h30min - Palestra: Ações e Perspectivas Governamentais para a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nos seus artigos 26ª e 79B. (panorama das ações, recursos, programas e metas governamentais para a ERER)
Profº Dr. Amauri Mendes Pereira ( Doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)/ UEZO).
SEEDUC-RJ


12h10min - Debate
12h30min - Almoço
14h – Palestra: A Lei que Fala e a Escola que Transforma (a amplitude temática da Lei 10639/03 e as possibilidades de transformação crítica dos estudantes numa perspectiva de diversidade social)
Prof.ª Drª Azoilda Loretto da Trindade.
14h30min – Debate
14h45 – Apresentação cultural – Escola Estadual  João do Vale – Grupo Batukaê
14h50min – Palestra: Ações e Perspectivas Municipais para a Lei Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nos seus artigos 26ª e 79B. (panorama das ações, recursos, programas e metas municipais para a ERER)
Secretarias Municipais de Educação da Baixada Fluminense
15h50min - Debate
16h25min - Entrega de “menção honrosa de reconhecimento” do Fórum RJ a escolas e professores da região pela aplicação da Lei Diretrizes e Bases da Educação Nacional nos seus artigos 26A e 79B.
17h25min – Apresentação Cultural – Marcelo Negrett – Voz e violão
17h40min – Palestra: Experiências não governamentais para a Consolidação da Lei Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nos seus artigos 26A e 79B. (Lei 10.639/03 e 11.645/08 relato de projetos desenvolvidos, parcerias e resultados obtidos).
CEAP - Centro de Articulação de Populações Marginalizadas
IPEAFRO - Instituto de Pesquisas e Estudos Afro Brasileiros
Associação ESTIMATIVA

18h25min – Debate
19h00min – Mesa Redonda: O papel das universidades na formação de profissionais da educação para a educação das relações étnico-raciais.
Universidades públicas da Baixada Fluminense – UFRRJ, FEBEF e CEFET-Nilópolis
19h45min – Apresentação cultural e encerramento –



PROGRAMAÇÃO ESPECIAL

  • Exposição das ações nas escolas da Baixada Fluminense pela implementação da LDB (Leis 10.639/03 e 11.645/08).
  • Exposição e venda de livros e artesanato.
  • Apresentação cultural.
  • Lançamento de livros: Rosana Monteiro, Alexandre Nascimento, Éle Semog e Renato Noguera.



*Os certificados serão entregues durante o evento a partir das 17h30m. 


Maiores informaçõesno blog do Fórum Diversidade Étnico Racial RJ ou pelo email: forumetnicoracialrj@gmail.com 

domingo, 14 de outubro de 2012

Roda de Conversa: Sambas e Compositores da Baixada

O PET Conexões Baixada convida para a Roda de Conversa: Sambas e Compositores da Baixada, no dia 18 de outubro (quinta-feira), 14h, na sala 310 do bloco multimídia.


sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Roda de conversa com o Professor Gênesis Torres

O grupo PET Conexões Baixada convida para  Roda de Conversa "Baixada Fluminense: contextos e cenários" com o Professor Gênesis Torres. A atividade será realizadana sala 306, bloco da Biblioteca, do IM - UFRuralRJ, Campus Nova Iguaçu, no dia 27 de setembro do corrente ano, a partir das 14h.


domingo, 9 de setembro de 2012

Visita Técnica a Guapimirim e Prêmio Baixada


Guapimirim, a cidade em destaque (na cor verde) no mapa da Baixada Fluminense/RJ, emancipada de Magé em 1990, localiza-se na região da Serra Verde Imperial e tem mais da metade de sua área coberta por vegetação. 70% do território desse município encontra-se em área de proteção ambiental, áreas como o Parque Nacional da Serra dos Órgãos, onde localiza-se o famoso Dedo de Deus. (dados retirados do site da prefeitura da cidade)

O PET Conexões Baixada esteve no município a princípio para a entrega do Prêmio Baixada, mas o planejamento foi ampliado com a ideia de conhecer um pouco mais a cidade exuberante, suas belezas e sua história. Passamos um dia super agradável e produtivo.
 

Petianos e convidados a caminho de Guapimirim.

No Colégio Estadual Alcino Guanabara - juntamente com uma turma de primeiro ano do normal - o PET assistiu uma palestra do Professor Luiz Fernando, sobre a cidade de Guapimirim. O Professor que possui um vasto conhecimento sobre a região defendeu sua dissertação de mestrado na área. Problematizando a questão da necessidade de uma identidade regional, o professor conclui que, quando se trata de regiões interioranas, a identidade local faz a diferença. Guapimirim um dia já fez parte da cidade de Magé (Baixada Fluminense/RJ), e hoje é emancipada, mas quando se trata de dizer de que região faz parte há controversas. Guapimirim tem seu maior território na região da Baixada Fluminense, seu centro fica próximo à subida de Teresópolis (região Serrana) e é cercada de mata atlântica. Por conta da imagem negativa que foi construída da Baixada (!), existe uma certa resistência dos habitantes da cidade em assumir a identidade Baixadense.



Uma panorâmica do encontro, nosso tutor apresenta o grupo PET Conexões Baixada.


Após a aula, os petianos convidados, alunas do normal e o Professor Fernando posam para o registro.



Após a apresentação na escola seguimos por um breve passeio pela cidade, passamos pelo local onde foi o primeiro pedágio do Brasil, atualmente conhecido como Barreira. Pudemos contemplar um pequeno trecho do que foi a calçada imperial e observar de longe o caminho da travessia. E num momento de maior descontração, antes do tão esperado prêmio Baixada, tomamos banho de cachoeira e seguimos para um almoço no famoso restaurante do Rogério.




Chegando na cachoeira, fazendo o reconhecimento do local.



Momento de descontração.
A petiana Valéria Vieira sendo entrevistada.






Calçada Imperial.

O grupo e convidados no restaurante do Rogério



Enfim seguimos para o Grêmio Guapimiense, onde aconteceria o Prêmio Baixada. O evento foi aberto pelo grupo Som da Serra e logo após a fala dos envolvidos na realização do evento – representantes do Fórum Cultural da Baixada Fluminense e representantes da cidade de Guapimirim – inciciou-se a entrega das menções honrosas e prêmios. O grande destaque para nós foi a premiação do nosso querido tutor, o professor Otair Fernandes, na categoria ciência.


O grupo e convidados posando com o professor Otair e outros premiados exibindo o prêmio, entre eles o fotógrafo Paulo Santos e Profª. Marize.


O professor Otair Fernandes, nosso tutor, recebendo o prêmio das mãos da Produtora Claudina Oliveira e o Professor Paulo, respectivamente Coordenadora Cultural e Presidente de Honra do Fórum Cultural da Baixada Fluminse.



Colaborou: Jackson Cardoso
Redação final: Stephanie Nunes

terça-feira, 21 de agosto de 2012

XVII ENAPET




De 22 a 27 de julho de 2012 ocorreu o XVII ENAPET na Universidade Federal do Maranhão - UFMA, um evento que pretendia reunir todos os grupos PET do Brasil com o intuito de discutir temas relevantes à manutenção e ao desenvolvimento do programa; apresentar sua produção acadêmica, no âmbito da tríade: ensino, pesquisa e extensão. Colaborando com o desenvolvimento social através do pensar coletivo de temas de importância para a sociedade. O ENAPET ocorreu em conjunto com a Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPC.



O grupo PET Conexões Baixada, juntamente com outros PET da UFRuralRJ, percorreu aproximadamente 3 mil quilômetros de ônibus - saindo do Rio e passando por Minas, Bahia, Piauí, Pernambuco e Maranhão até seu destino: São Luíz/MA, onde o evento foi realizado.





Nas apresentações de trabalho, o PET Conexões Baixada apresentou um banner sobre a I Semana da Baixada. O grupo também esteve presente nas oficinas de tambor de criola e cacuriá e participando das GTS, GDS e alguns eventos da SBPC como a Mesa de Discussão proposta pela Profa. Dra. Camila do Valle.




No XVII ENAPET ocorreram palestras, apresentação de trabalhos, espaços de discussão e oficinas. O PET Conexões Baixada foi representado pelos petianos: Jackson Cardoso, Stephanie Nunes, Yuri Francisco, Valeria Vieira, Giselle Florentino, Caruanã Guatara, Fayla Menezes, Carla da Nobrega, Valdirene Pessoa, Luciano Marques e o Tutor Otair Fernades.


domingo, 1 de julho de 2012

O PET Conexões na Cúpula dos Povos - Rio + 20



Rio+20: Desenvolvimento sustentável. Atraídos pelas expectativas do evento mundial para a construção de um mundo melhor e pela possibilidade de participar do evento graças a localização e importância, onde o anterior havia sido realizado 20 anos antes - o Rio 92 - , o grupo PET Conexões Baixada esteve na Cúpula dos Povos. O evento do Rio+20 que ocorria no Aterro do Flamengo, dando voz para a sociedade civil e com o objetivo de realmente discutir soluções para um desenvolvimento sustentável


Os Petianos Conexistas: Fayla, Caruanã, valéria Vieira,
 jackson, Thaiza, Wagner  e a  amiga do PET 

Encontramos pessoas de todas as regiões do Brasil e de diferentes partes do mundo. A troca de informações com pessoas de diversas origens possibilitou-nos conhecer as demandas dessas populações e também falarmos sobre nossas realidades.



índio e estátua natureza
os petianos no portal de entrada da cúpula


Índios, Hare Krishnas, orientais, africanos, ocidentais, europeus, todas as pessoas, de diferentes crenças e raças estavam reunidas em prol do mesmo objetivo: discutir sobre o modelo de produção vigente, que acarreta na degradação ambiental, apresentar novas tecnologias, formas de desenvolvimento sustentável, formas de produção de energia alternativa e os problemas que a chamada “economia verde” podem causar. É interessante destacar que a possibilidade de interagir com essas pessoas fez com que conheçamos um pouco de suas culturas, trocamos informações, experiências, conhecimentos.

observando o funcionamento de um fogão solar
um passeio, de carro elétrico, pela cúpula 

Vimos a participação de várias ONG’s que mostravam suas reivindicações, diversos grupos sociais  fazendo protestos reivindicando direitos, como quilombolas, que fizeram uma passeata pela cúpula dos povos. Também vimos que muitas empresas apresentaram tecnologias alternativas ao petróleo, tais como carros elétricos e geradores de energia que utilizavam como combustível pedaladas dadas em bicicletas, onde quem quisesse podia contribuir com suas pedaladas e ainda carregar o celular e navegar na internet - em um tablet preso à bicicleta - com a energia gerada.  


carro elétrico dos Correios


pedaladas gerando energia

O evento possibilitou uma  visão  ampliada sobre os temas discutidos nas plenárias e a descoberta de novas realidades a partir da iteração com outros povos. O choque de múltiplas realidades pensando e trabalhando por um ideal - o desenvolvimento sustentável - tornou a cúpula dos povos, no rio+20, um evento único, marcante e quem sabe a semente de um novo mundo onde diversas culturas, tecnologias e a natureza vivam em colaboração mútua.

"Eu sou nós"


Colaboraram: Wagner Peres, Jackson Cardoso e Stephanie Nunes

Redação final: Stephanie Nunes

terça-feira, 26 de junho de 2012

Perfil dos novos Petianos Conexistas



Yuri Francisco tem vinte anos e cursa o primeiro período de Ciência da Computação. Yuri se candidatou a ser petiano, pois tem vontade de interagir e participar politicamente com o que o cerca. O Petiano tambem é artísta  plástico e integra a equipe de comunicação do grupo, do qual faz parte desde maio de 2012.











 

 
Wagner Peres Braga, 18 anos, estudante do 1° período de Ciências Econômicas da UFRRJ-  Campus Nova Iguaçu. Morador de Nova Iguaçu, Baixada Fluminense, cidadão que procura contribuir para o desenvolvimento social da região, buscando novos conhecimentos através de suas experiências. Foi militante do movimento S.O.S Serra de Madureira. É simpatizante ao socialismo e à luta da classe operária. Pretende atuar na elaboração de políticas públicas que visam promover a erradicação do déficit econômico-social dos seus conterrâneos. Acredita que por meio da educação o ser humano é capaz de transformar o mundo.








Valéria Vieira, 23 anos, cursa o segundo período de Letras: Português/ Espanhol/ Literaturas, na UFRuralRJ - campus Nova Iguaçu. Campista, a petiana é moradora da cidade de Duque de Caxias. Valéria também é professora voluntária de espanhol em um pré-vestibular comunitário.













 

Thaiza Siqueira é aluna do curso de Turismo e cursa o 2º período. A petiana integra o grupo desde maio de 2012.


















 Jackson Cardoso é cidadão iguaçuano desde 1990, ano em que nasceu. Cursa Ciência da  Computação na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e é integrante do PET Conexões Baixada desde maio de 2012. O petiano integra a equipe de comunicação, onde começou a desenvolver  o projeto do site do grupo, que estará no ar em breve.










  







Fayla Menezes é aluna de Ciências Econômicas do 3º período e petiana desde maio de 2012. Fayla busca sempre a paz interior, é amante de uma boa música, de uma boa conversa e de fazer novas amizades e cultivar as antigas. Em seu campo de atuação pretende tentar um  intercâmbio e no campo de pesquisa gostaria de desvendar alguns mistérios que combinem o campo da medicina e economia (nada concreto ainda). Acredita que podem nos tirar tudo, mas o nosso conhecimento, o aprendizado da vida, esse ninguém pode tirar. E cita como lema a música de Gonzaguinha "...Viver! E não ter a vergonha de ser feliz, cantar e cantar e cantar, a beleza de ser um eterno aprendiz..."











  
Caruanã Guatara é aluno do 5º período do curso de Pedagogia e integra o PET desde maio de 2012. Morador de São João há 21 anos. Atualmente faz parte de uma pesquisa sobre a história da educação na Baixada. "Tenho muito orgulho de estudar um pequeno grão dessa vasta história que é a Baixada, que é esquecida pelos livros, mas nunca esquecida pelos principais autores que a compoem: seus cidadãos", relata o Petiano.






Bárbara Mirtha é aluna de Ciências Econômicas, petiana desde maio de 2012.




















Por: Stephanie Nunes

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Um dia na Rocinha ou A Rocinha como ela é


(Texto de Jefferson Alves com colaboração de Valéria Lourenço – petianos)
  
A Baixada Fluminense, região que ainda é capaz de provocar visões pré-concebidas e estigmatizadas, não se difere muito das chamadas comunidades ou favelas da Zona Sul. E com base nessa ideia, o PetConexõesIM_Baixada decidiu organizar uma oficina de fotografia na Rocinha. Com inscrições abertas a todo o público acadêmico ou não, tivemos um bom número de inscrições, mas acreditamos que a chuva tenha desanimado alguns participantes, não todos. Tivemos, além da presença do professor Otair Fernandes (Tutor), os petianos: Caruanã Guatara, Cristiane Carvalho, Jefferson Alves, Wagner Peres, Valéria Lourenço, Valéria Vieira, os visitantes: Aldinéia Vieira, Angélica Fernandes. Como guias: Antônio Carlos da Silva e Michel Silva.


     O guia: Antônio Carlos da Silva – 
Foto: Angélica Fernandes
O guia: Michel Silva –
 Foto: Angélica Fernandes




  A chuva insistia em cair, mas isso não foi suficiente para adiar a ida do PetConexõesIM_Baixada à favela da Rocinha, para a realização de uma oficina de fotografia. Toda a aventura aconteceu dia 09 de junho de 2012, onde ficamos dentro da comunidade das 10h às 18h conhecendo a história as belezas e os contrastes dessa, que é a maior favela da América Latina.


Entrando na Rocinha, Via Ápia – Foto: Antônio Carlos
 
   A Rocinha, que é chamada de favela, comunidade ou até mesmo morro por conta da característica física, fica numa região do Rio de Janeiro rica financeiramente, pois corta os bairros de São Conrado e Gávea. E por conta disso, em volta da favela avistamos as mansões que a cercam. Mas esta localidade, assim como a Baixada Fluminense, sofre discriminação por efeito de uma construção social deturpada tendo como base a ocupação social de seu território ser feita, em sua maioria, por pessoas de pouca aquisição financeira.
   Além de observarmos esses detalhes que chamam atenção, e o dia-a-dia da comunidade, já que lá chegamos às 10h da manhã, vimos de perto como está sendo a atuação do estado numa região que era abandonada com a falta de serviços básicos para a sobrevivência humana. A localidade tem uma vasta pluralidade cultural de várias regiões do Brasil, mas com maior predominância Nordestina. Um exemplo disso foi o Sr. Francisco que lá conhecemos e é um dos personagens dessa caminhada. Falaremos dele mais abaixo.
O passeio, que no início teria um único guia, Antônio Carlos, fotógrafo que sempre viveu na comunidade, ganhou o reforço de um jovem de 18 anos, Michel Silva, que trabalha, juntamente com a irmã Michele Silva na Rádio Brisa, um rádio na Rocinha que leva informações a seus moradores. Michel soube da oficina através de pesquisa na internet, fez sua inscrição e foi participar conosco.


Via Ápia. Valéria Lourenço (PET/Conexões) e Michel Silva 
(Fundador do site www.vivarocinha.org) Foto: Angélica Fernandes

 O sábado foi um dia de pouca sorte quando o assunto é o tempo, neste dia não parou de chover em nenhum momento. Ah! Por um breve intervalo, a chuva cessou. Foi quando, no Laboriaux, o ponto mais alto da Rocinha, subimos na laje do Sr. Francisco e pudemos admirar toda a paisagem num ângulo de 360º.


Laboriaux, A cidade - Foto: Angélica Fernandes

 Apesar de ser a maior favela da América Latina, podemos perceber que cada espaço naquela região é muito disputado. Tudo é muito apertado: becos estreitos, o comércio, que é dominante naquela região, tem espaços pequeninos, sem falar da fiação que parece uma linha de pipa que está enrolada de um poste a outro.
Subimos a rocinha na chuva e descemos na chuva. Foi uma aventura, pois além de estarmos numa região considerada até pouco tempo como super-perigosa estávamos debaixo de muita chuva, subindo e descendo ladeiras íngremes. E além disso, tínhamos que disputar lugar com carros e motos que subiam e desciam a todo momento. As motos, um dos principais meios de locomoção nas ruas da favela, já somam mais de quatro mil na região, segundo Michel Silva. E toda essa caminhada foi feita segurando o guarda-chuva, mas posso dizer que esse momento foi fabuloso.
   A nossa recompensa é saber que toda a discriminação que estes moradores sofrem não deixa de ser uma divulgação equivocada de que a pessoa pobre não tem capacidade de possuir sensibilidade humana. Constatamos isso no momento que entramos na casa do Sr. Francisco. Morador da Rocinha há 55 anos, Sr. Francisco veio do Ceará e demorou oito anos para construir a sua casa, fez sozinho. Hoje, com sua casa em um dos pontos mais altos da Rocinha, é possível ver de sua laje, temos uma visão panorâmica da cidade, fantástica e por este motivo, vários turistas são convidados pelos guias a subirem na casa do Sr. Francisco e observarem a beleza do Rio de Janeiro. Sr. Francisco abre as portas de sua casa sem cobrar nada. E ainda nos convidou para almoçar. 

Laboriaux. Na laje do Sr. Francisco. Grupo PET e Sr. Francisco. Foto: Antônio Carlos da Silva

 Foi um dia muito prazeroso embora a situação do tempo estivesse adversa. Fizemos uma caminhada longa que teve uma duração de 4h por dentro de ruas e vielas da Rocinha. Tivemos a oportunidade de assistir a uma aula fora dos muros da Universidade, com um aprendizado que só se realiza quando nós estamos dispostos a conhecer a diversidade, livre de quaisquer pré-conceitos.

Ainda tivemos a oportunidade de fazer uma rápida visita à Rádio Brisa (101,7FM).


Rádio Brisa. Prof. Otair Fernandes e Michel Silva – 
Foto: Angélica Fernandes
  
Enfim, conhecer a Rocinha foi uma experiência que talvez não consigamos descrever  somente com uso das palavras. O que foi sentido e aprendido vai além do papel. E isso mostra o quanto ainda temos que aprender, afinal o conhecimento é sempre uma via de mão dupla, e lá éramos todos alunos, dispostos a aprender um pouco mais sobre a vida.


Rocinha ao entardecer,  vista do alto da Passarela – Foto: Angélica Fernandes




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