terça-feira, 26 de junho de 2012

Perfil dos novos Petianos Conexistas



Yuri Francisco tem vinte anos e cursa o primeiro período de Ciência da Computação. Yuri se candidatou a ser petiano, pois tem vontade de interagir e participar politicamente com o que o cerca. O Petiano tambem é artísta  plástico e integra a equipe de comunicação do grupo, do qual faz parte desde maio de 2012.











 

 
Wagner Peres Braga, 18 anos, estudante do 1° período de Ciências Econômicas da UFRRJ-  Campus Nova Iguaçu. Morador de Nova Iguaçu, Baixada Fluminense, cidadão que procura contribuir para o desenvolvimento social da região, buscando novos conhecimentos através de suas experiências. Foi militante do movimento S.O.S Serra de Madureira. É simpatizante ao socialismo e à luta da classe operária. Pretende atuar na elaboração de políticas públicas que visam promover a erradicação do déficit econômico-social dos seus conterrâneos. Acredita que por meio da educação o ser humano é capaz de transformar o mundo.








Valéria Vieira, 23 anos, cursa o segundo período de Letras: Português/ Espanhol/ Literaturas, na UFRuralRJ - campus Nova Iguaçu. Campista, a petiana é moradora da cidade de Duque de Caxias. Valéria também é professora voluntária de espanhol em um pré-vestibular comunitário.













 

Thaiza Siqueira é aluna do curso de Turismo e cursa o 2º período. A petiana integra o grupo desde maio de 2012.


















 Jackson Cardoso é cidadão iguaçuano desde 1990, ano em que nasceu. Cursa Ciência da  Computação na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e é integrante do PET Conexões Baixada desde maio de 2012. O petiano integra a equipe de comunicação, onde começou a desenvolver  o projeto do site do grupo, que estará no ar em breve.










  







Fayla Menezes é aluna de Ciências Econômicas do 3º período e petiana desde maio de 2012. Fayla busca sempre a paz interior, é amante de uma boa música, de uma boa conversa e de fazer novas amizades e cultivar as antigas. Em seu campo de atuação pretende tentar um  intercâmbio e no campo de pesquisa gostaria de desvendar alguns mistérios que combinem o campo da medicina e economia (nada concreto ainda). Acredita que podem nos tirar tudo, mas o nosso conhecimento, o aprendizado da vida, esse ninguém pode tirar. E cita como lema a música de Gonzaguinha "...Viver! E não ter a vergonha de ser feliz, cantar e cantar e cantar, a beleza de ser um eterno aprendiz..."











  
Caruanã Guatara é aluno do 5º período do curso de Pedagogia e integra o PET desde maio de 2012. Morador de São João há 21 anos. Atualmente faz parte de uma pesquisa sobre a história da educação na Baixada. "Tenho muito orgulho de estudar um pequeno grão dessa vasta história que é a Baixada, que é esquecida pelos livros, mas nunca esquecida pelos principais autores que a compoem: seus cidadãos", relata o Petiano.






Bárbara Mirtha é aluna de Ciências Econômicas, petiana desde maio de 2012.




















Por: Stephanie Nunes

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Um dia na Rocinha ou A Rocinha como ela é


(Texto de Jefferson Alves com colaboração de Valéria Lourenço – petianos)
  
A Baixada Fluminense, região que ainda é capaz de provocar visões pré-concebidas e estigmatizadas, não se difere muito das chamadas comunidades ou favelas da Zona Sul. E com base nessa ideia, o PetConexõesIM_Baixada decidiu organizar uma oficina de fotografia na Rocinha. Com inscrições abertas a todo o público acadêmico ou não, tivemos um bom número de inscrições, mas acreditamos que a chuva tenha desanimado alguns participantes, não todos. Tivemos, além da presença do professor Otair Fernandes (Tutor), os petianos: Caruanã Guatara, Cristiane Carvalho, Jefferson Alves, Wagner Peres, Valéria Lourenço, Valéria Vieira, os visitantes: Aldinéia Vieira, Angélica Fernandes. Como guias: Antônio Carlos da Silva e Michel Silva.


     O guia: Antônio Carlos da Silva – 
Foto: Angélica Fernandes
O guia: Michel Silva –
 Foto: Angélica Fernandes




  A chuva insistia em cair, mas isso não foi suficiente para adiar a ida do PetConexõesIM_Baixada à favela da Rocinha, para a realização de uma oficina de fotografia. Toda a aventura aconteceu dia 09 de junho de 2012, onde ficamos dentro da comunidade das 10h às 18h conhecendo a história as belezas e os contrastes dessa, que é a maior favela da América Latina.


Entrando na Rocinha, Via Ápia – Foto: Antônio Carlos
 
   A Rocinha, que é chamada de favela, comunidade ou até mesmo morro por conta da característica física, fica numa região do Rio de Janeiro rica financeiramente, pois corta os bairros de São Conrado e Gávea. E por conta disso, em volta da favela avistamos as mansões que a cercam. Mas esta localidade, assim como a Baixada Fluminense, sofre discriminação por efeito de uma construção social deturpada tendo como base a ocupação social de seu território ser feita, em sua maioria, por pessoas de pouca aquisição financeira.
   Além de observarmos esses detalhes que chamam atenção, e o dia-a-dia da comunidade, já que lá chegamos às 10h da manhã, vimos de perto como está sendo a atuação do estado numa região que era abandonada com a falta de serviços básicos para a sobrevivência humana. A localidade tem uma vasta pluralidade cultural de várias regiões do Brasil, mas com maior predominância Nordestina. Um exemplo disso foi o Sr. Francisco que lá conhecemos e é um dos personagens dessa caminhada. Falaremos dele mais abaixo.
O passeio, que no início teria um único guia, Antônio Carlos, fotógrafo que sempre viveu na comunidade, ganhou o reforço de um jovem de 18 anos, Michel Silva, que trabalha, juntamente com a irmã Michele Silva na Rádio Brisa, um rádio na Rocinha que leva informações a seus moradores. Michel soube da oficina através de pesquisa na internet, fez sua inscrição e foi participar conosco.


Via Ápia. Valéria Lourenço (PET/Conexões) e Michel Silva 
(Fundador do site www.vivarocinha.org) Foto: Angélica Fernandes

 O sábado foi um dia de pouca sorte quando o assunto é o tempo, neste dia não parou de chover em nenhum momento. Ah! Por um breve intervalo, a chuva cessou. Foi quando, no Laboriaux, o ponto mais alto da Rocinha, subimos na laje do Sr. Francisco e pudemos admirar toda a paisagem num ângulo de 360º.


Laboriaux, A cidade - Foto: Angélica Fernandes

 Apesar de ser a maior favela da América Latina, podemos perceber que cada espaço naquela região é muito disputado. Tudo é muito apertado: becos estreitos, o comércio, que é dominante naquela região, tem espaços pequeninos, sem falar da fiação que parece uma linha de pipa que está enrolada de um poste a outro.
Subimos a rocinha na chuva e descemos na chuva. Foi uma aventura, pois além de estarmos numa região considerada até pouco tempo como super-perigosa estávamos debaixo de muita chuva, subindo e descendo ladeiras íngremes. E além disso, tínhamos que disputar lugar com carros e motos que subiam e desciam a todo momento. As motos, um dos principais meios de locomoção nas ruas da favela, já somam mais de quatro mil na região, segundo Michel Silva. E toda essa caminhada foi feita segurando o guarda-chuva, mas posso dizer que esse momento foi fabuloso.
   A nossa recompensa é saber que toda a discriminação que estes moradores sofrem não deixa de ser uma divulgação equivocada de que a pessoa pobre não tem capacidade de possuir sensibilidade humana. Constatamos isso no momento que entramos na casa do Sr. Francisco. Morador da Rocinha há 55 anos, Sr. Francisco veio do Ceará e demorou oito anos para construir a sua casa, fez sozinho. Hoje, com sua casa em um dos pontos mais altos da Rocinha, é possível ver de sua laje, temos uma visão panorâmica da cidade, fantástica e por este motivo, vários turistas são convidados pelos guias a subirem na casa do Sr. Francisco e observarem a beleza do Rio de Janeiro. Sr. Francisco abre as portas de sua casa sem cobrar nada. E ainda nos convidou para almoçar. 

Laboriaux. Na laje do Sr. Francisco. Grupo PET e Sr. Francisco. Foto: Antônio Carlos da Silva

 Foi um dia muito prazeroso embora a situação do tempo estivesse adversa. Fizemos uma caminhada longa que teve uma duração de 4h por dentro de ruas e vielas da Rocinha. Tivemos a oportunidade de assistir a uma aula fora dos muros da Universidade, com um aprendizado que só se realiza quando nós estamos dispostos a conhecer a diversidade, livre de quaisquer pré-conceitos.

Ainda tivemos a oportunidade de fazer uma rápida visita à Rádio Brisa (101,7FM).


Rádio Brisa. Prof. Otair Fernandes e Michel Silva – 
Foto: Angélica Fernandes
  
Enfim, conhecer a Rocinha foi uma experiência que talvez não consigamos descrever  somente com uso das palavras. O que foi sentido e aprendido vai além do papel. E isso mostra o quanto ainda temos que aprender, afinal o conhecimento é sempre uma via de mão dupla, e lá éramos todos alunos, dispostos a aprender um pouco mais sobre a vida.


Rocinha ao entardecer,  vista do alto da Passarela – Foto: Angélica Fernandes




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