No dia 9 de abril, quinta-feira, após o
almoço, nosso grupo embarcou, junto com outros grupos pet da Rural, com destino
à Ouro Preto/MG para o XV SudestePET). Ainda no mesmo dia, chegamos na república que nos
alojaria, a Oito & Oitenta, e fomos
muito bem recebidos!
Durante a nossa estadia para o evento, tivemos a
oportunidade de vivenciar outras experiências, como acompanhar e registrar a
gravação da entrevista do nosso tutor para a rádio Neab (Núcleo de Estudo Afrobrasileiro) da
UFOP
(Universidade Federal de Ouro Preto). Além da experiência de conhecer como é
feita uma gravação de um programa de rádio, tivemos a oportunidade de conhecer
todo o setor de Comunicação, após a gravação. Conhecemos a TV, o local onde são
gravados outros programas da rádio, assessoria de imprensa e gráfica da UFOP,
guiados gentilmente pela Daniele. Confira mais aqui!
Escolhemos conhecer a Mina do ChicoRei, entre os inúmeros passeios em que o
evento oferecia o transporte. Na visita guiada pela mina nos surpreendemos com
a engenharia desenvolvida pelos escravizados: o teto era curvo, se sustentando
sem uma coluna sequer. Uma característica da mina é que as paredes eram feitas
por uma espécie de minério de ferro úmido. Em alguns trechos só era possível
passar abaixado, ali as crianças escravizadas passavam mais facilmente que os
adultos, elas também trabalhavam na mina… Até quem não sofre de claustrofobia,
adentrando os 300 metros da mina, é possível sentir a sensação angustiante de
estar enclausurado. A angustia nos dá a dimensão do sofrimento passado pelos
negros escravizados, trabalhando dia e noite apenas para o enriquecimento de
seus sequestradores. Sempre devemos lembrar que toda a riqueza e ouro
conquistada durante o período escravocrata foram conquistados com os esforços e
o sofrimento dos negros escravizados, apesar da história não ter sido escrita
por eles, devemos reescrever a história sobre uma outra perspectiva, muitas
vezes invisibilizada.
Na abertura oficial do evento,
já de início, fomos contemplados com uma versão do hino nacional tocada em
diversos ritmos brasileiros, remetendo a proposta de integração como uma
temática dessa edição do evento.
Também participamos do GDT
(grupo de discussão e trabalho) Pet na graduação, de onde saíram ideias para
proporcionar uma melhor troca entre os grupos Pet e os cursos, cujas as
resoluções foram encaminhadas para a assembléia.
Já no encontros por área,
participamos do tema Ensino e Educação. O encontro possibilitou uma troca de
experiências entre os grupos: contamos sobre o nosso projeto da oficina
(Re)descobrindo a Baixada, que inclusive foi o tema de um de nossos trabalhos, e
ouvimos sobre os projetos dos outros grupos. Foi possível observar que todos
tinham em comum a relação com a comunidade do entorno das respectivas
universidades dos grupos, característica que também foi possível observar nas
apresentações de pôsteres.
A exposição dos pôsteres é um momento muito
interessante dos encontros dos grupos pet, seja regional, nacional, etc, pois
possibilita que os grupos conheçam os trabalhos dos outros grupos pet e
estabeleçam parcerias, ou simplesmente troquem ideias.
O evento, como um todo, teve um saldo
bem positivo: um evento muito bem organizado, bem pensado desde os alojamentos
a pontualidade das atividades. Além da ótima organização do evento, não podemos
deixar de lembrar da acolhedora receptividade mineira. Apesar das muitas
ladeiras que tínhamos que subir e descer, a beleza da cidade e a receptividade
dos habitantes compensaram, e muito!
Por: Stephanie Nunes